Ela foge de mim. Mas ela não sabe disso, coitada. Pobre (e tão amada!) menina vive a andar de olhos fechados por esse mundo. Seu cabelo dourado trilha um caminho deixando marca com seus fios suicidas que teimam em cair e me ajudar.
Ela foge de mim. Está quase ao meu alcance, minha mão esticada já consegue sentir as vibrações de suas digitais tão quentes. E quanto mais me animo com inédito fato, decepciono-me um tanto a mais. Ela se vira.
Ela foge de mim. Vira-se e seu rosto - que nunca enxerguei - não enxergo - só imagino. Mas que linda menina em meus sonhos! Linda e tímida, já que seu rosto está coberto por uma enorme rosa branca presa em sua orelha.
Ai minha menina que foge de mim! Não vês que estou aqui? Não vês que quase nos pertencemos? Ou será que és cega?
Um comentário:
Gostei muito
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